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Catarata Congênita

Catarata Congênita

Entenda mais sobre catarata congênita

Quando se trata de catarata, o senso comum logo nos faz pensar em uma doença que acomete pessoas mais velhas. Este raciocínio não é errado, já que a maioria das pessoas afetadas têm mais de 55 anos e a catarata se enquadra como a principal causadora de cegueira, chegando a mais de 350 mil novos casos todos os anos aqui no Brasil.

Entretanto, não somente os adultos mais velhos são vítimas dessa doença ocular. As crianças também podem ter sua visão afetada e sofrer de cegueira devido à catarata congênita, um problema que, na maioria dos casos, pode ser prevenido e tratado.

Continue a leitura e entenda mais sobre essa doença perigosa para os olhos.

O que é a catarata congênita?

A catarata congênita, assim como os outros tipos, é uma opacificação parcial ou total do cristalino que pode reduzir a precisão visual ou resultar em cegueira total do olho afetado, tendo como principal sinal a leucocoria (pupila branca). A grande diferença é que o indivíduo já nasce com o problema ou o desenvolve logo no começo da vida, podendo os sintomas aparecerem desde o nascimento ou na primeira infância.

Além disso, a doença também pode estar ligada com estrabismo, ausência de fixação visual, nistagmo (movimentos involuntários e repetitivos dos olhos) E ampliaria.

A catarata congênita pode ter sua origem por uma série de fatores: infecções intrauterinas, como toxoplasmose, citomegalovírus e rubéola, hereditários, síndromes genéticas, problemas no metabolismo da criança, idiopático, trauma ocular ou surgir por radiações e medicamentos.

Como é feito o diagnóstico da catarata congênita?

Normalmente, a doença é diagnosticada pelo pediatra nas primeiras 72 horas de vida por meio do TRV – Teste do Reflexo Vermelho. Quando não realizado no berçário, o especialista deve fazê-lo já na primeira consulta de puericultura (acompanhamento integral do processo de desenvolvimento infantil).

Caso o TRV não seja feito ou o resultado for impreciso, o bebê deve ser encaminhado para uma avaliação oftalmológica completa. Assim, será feito um teste de triagem para identificar a existência de alguma alteração no eixo visual e confirmar o que está comprometendo o olho da criança.

É importante ressaltar que o exame oftalmologico deve ser feito até a criança completar seu primeiro ano de vida e anualmente após este período, pois existe a possibilidade de outras doenças oculares aparecem, como a catarata infantil, glaucoma, retinoblastoma, infecções e ametropias, por exemplo.

Além disso, para o diagnóstico também devem ser requisitadas sorologias para infecções congênitas, detecção de alterações metabólicas, avaliação do histórico familiar, de consanguinidade, assim como acompanhamento contínuo das condições de gestação.

O tratamento

O tratamento da catarata congênita varia de acordo com a intensidade do problema, ou seja, depende do nível de opacidade e déficit visual causados pela doença, assim como das possíveis alterações oculares associadas com o problema.

Quando as cataratas presentes no nascimento são totais e prejudicam atenuadamente a visão, devem ser retiradas precocemente por meio de cirurgia para garantir que não aconteça a instalação de ambliopia severa ou irreversível (perda da visão em crianças, ocorrida quando o cérebro ignora a imagem recebida de um dos olhos).

A cirurgia deve ser feita o mais precoce possível a fim de entregar o máximo de acuidade visual para a criança. A operação é similar a das cataratas da “velhice”, consiste na remoção das opacidades do cristalino e quando necessário, pode ser implantada a LIO (lente intra-ocular), um procedimento normalmente feito em crianças que já passaram dos 4 anos de vida.

Quando não existe o implante da LIO, a alta hipermetropia do pós operatório pode ser corrigida com óculos ou lentes a fim de restabelecer a total capacidade visual da criança.

Para as cataratas congênitas parciais, é feita uma avaliação e, dependendo da qualidade da visão da criança, podem ser tratadas por correção óptica ou midríase (aumento induzido das pupilas).

A principal forma de prevenção da catarata congênita é feita por meio da imunização para rubéola, pré-natal correto com acompanhamento médico, exame precoce do TRV e/ou encaminhamento imediato da criança para realização do tratamento mais adequado.

Pronto, chegamos ao final deste conteúdo e agora você sabe o que é a catarata congênita, como é feito o diagnóstico e as formas de tratamento. Para aprender muito mais sobre a saúde dos olhos dos pequenos acesse nossa página sobre oftalmopediatria.

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