Retina

Retina

A retina é  responsável  por uma parte importante da nossa visão. Ela é a camada de células que reveste a parede interna e posterior dos nossos olhos, identifica a luz e transmite informações ao cérebro; permitindo que enxerguemos. Veja mais a seguir.

O que é a retina e o que ela faz?

A retina é um tecido fino que reveste a parte de trás da superfície interna do olho. Suas células sensíveis à luz recebem informações e as transmitem até o nosso cérebro através do nervo óptico, possibilitando a visão.

A retina é composta por milhares de células nervosas que trabalham juntas para detectar a luz, convertê-la em impulsos elétricos e interagir com o cérebro para gerar a visão. As células fotorreceptoras são chamadas de bastonetes e cones; e trabalham juntas para que possamos diferenciar o claro e escuro, bem como os demais tons.

Como eu sei que tenho um problema na retina?

Um exame oftalmológico de rotina pode detectar muitas anormalidades da retina antes que os sintomas apareçam. Os especialistas recomendam que tais testes sejam realizados anualmente para detectar precocemente as condições da retina e iniciar o tratamento o mais rápido possível.

Se você estiver enfrentando algum dos seguintes sintomas, procure um oftalmologista:

  • Início súbito de moscas-volantes (pequenas a grandes manchas escuras bloqueando sua visão) ou mudança no padrão das moscas preexistentes;
  • Flashes de luz em um ou ambos os olhos;
  • Visão embaçada;
  • Redução gradual na visão periférica (lateral);
  • Sombra semelhante a uma cortina sobre seu campo visual.

Quais doenças podem atingi-la?

Existem muitos problemas oculares que podem afetar a retina. Entretanto, aqui citaremos os 10 principais assim como seus sintomas:

  • Oclusão de ramo venoso da retina: o sintoma mais comum de oclusão da veia retiniana de ramo é a perda de visão ou visão embaçada em parte, ou em todo um olho. Pode acontecer de repente ou piorar ao longo de várias horas ou dias. Às vezes, pode levar à cegueira
  • Oclusão da veia central da retina: a oclusão da veia central da retina possui os mesmos sintomas da oclusão de ramo venoso, entretanto, em alguns casos mais graves, é possível sentir dor e pressão no olho afetado.
  • Coriorretinopatia serosa central: os sintomas da coriorretinopatia serosa central podem incluir: visão central distorcida, escurecida ou turva; uma mancha preta no centro de sua visão; no olho acometido, as linhas retas podem parecer tortas ou irregulares; as coisas podem parecer menores ou mais distantes do que realmente são e os objetos brancos podem parecer mais acastanhados ou opacos.
  • Retinite por citomegalovírus: os sintomas de retinite por citomegalovírus podem começar com o surgimento gradativo de moscas volantes e, com o passar do tempo, visão embaçada. Tais manifestações podem levar à perda total da visão

. Os sintomas geralmente ocorrem primeiro em um olho, mas também podem avançar para o outro olho por se tratar de doença sistêmica.

  • Descolamento de retina: os sinais mais frequentes são: flashes de luz; notar o surgimento de manchas, linhas, teias de aranha ou uma cortina cinza cobrindo parte do seu campo de visão e até mesmo uma sombra aparecendo em sua visão periférica.
  • Retinopatia diabética: é uma condição perigosa, pois muitas vezes não apresenta sintomas em seus estágios iniciais. À medida que a retinopatia diabética piora, a pessoa verá um número maior de moscas-volantes, terá sua visão prejudicada e notará regiões brancas ou pretas em seu campo de visão. Além disso, sua visão noturna também terá uma piora e a sua percepção de cores também será influenciada, pois elas podem parecer desbotadas.
  • Retinose pigmentar: dificuldade com visão noturna, perda progressiva da visão periférica, perda da visão central e deficiências na visão de cores são os sintomas mãos comuns
  • Retinoblastoma: esta doença é um câncer que afeta os olhos. Quando a luz incide diretamente no olho (como na fotografia com flash), a pupila, que normalmente é preta, pode parecer branca- leucocoria. Outros sintomas do retinoblastoma incluem: Estrabismo, vermelhidão e inchaço do olho.
  • Retinopatia da prematuridade: a retinopatia da prematuridade é uma condição ocular que pode afetar recém-nascidos prematuros nascidos antes de 32 semanas. Crianças com esta doença têm vasos sanguíneos indesejados formados em sua retina, o que pode criar grandes problemas nos olhos e na visão. Se a criança não for tratada em tempo hábil, pode perder parte da visão ao longo da vida
  • Síndrome de Usher: a perda auditiva e visual são os sintomas mais comuns da síndrome de Usher. Entretanto, a síndrome de Usher é uma doença recessiva, ou seja, para que alguém sofra desta condição, precisa herdar a mudança no gene de ambos os pais.

Quais são os tratamentos disponíveis para estas doenças?

Além da medicação, existem muitos tratamentos para curar as doenças que atingem a retina. Vale ressaltar que cabe ao oftalmologista decidir qual é o melhor procedimento ideal para cada caso. Listamos a seguir as principais terapias utilizadas em doenças que afetam a retina. Veja mais:

  • Laser: este tratamento pode ser viável para selar rasgos ou buracos e evitar mais danos e descolamento na retina. Pode ser indicado para tratar isquemia retiniana (quando o aporte de sangue está insuficiente)
  • Retinopexia pneumática: para alguns descolamentos, alguns gases podem ser injetados no olho para colar a retina. Feito isso, um laser ou sonda de congelamento é usado para selar quaisquer buracos ou rasgos na retina e mantê-la na posição adequada.
  • Vitrectomia: a vitrectomia é um procedimento para reparar uma retina descolada. Durante a vitrectomia, o cirurgião retira o vítreo gelatinoso e o substitui por uma solução salina, ar, gás ou óleo de silicone. Esta remoção alivia tração que possa ser causado por fragmentos de vítreo na superfície da retina. O substituto vitreo é naturalmente absorvido e substituída pelo fluido ocular, com exceção do óleo de silicone,  depois que a retina é colada, as roturas que causaram o descolamento podem ser selados através de um laser, normalmente no ato cirúrgico.
  • Introflexão escleral: a cinta escleral é uma faixa elástica de silicone colocada ao redor do olho. Ela fornece suporte à retina e alivia a tração em sua superfície. Estes são normalmente deixados permanentemente no olho e bem tolerados pelos pacientes.
  • Injeções intravítreas: algumas doenças requerem inoculação de medicação no espaço intraocular, para tratar proliferação de membranas neovascular ou Edema ( inchaco) da mácula-região central da retina.

Já em casos mais sérios, como o retinoblastoma, os tratamentos podem variar entre quimioterapia, braquiterapia, radioterapia, terapia a laser, crioterapia, termoterapia e cirurgia. O procedimento dependerá do tumor e do estágio do câncer, mas sem todo o caso, o objetivo do tratamento é salvar a visão e o globo ocular o mais breve possível.

 

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